
Você já teve a sensação de estar vivendo em um sonho ou filme, como se o mundo ao redor não parecesse real? Ou já estranhou sua própria voz ou imagem no espelho, como se não pertencessem a você?
Esses sintomas são característicos do que chamamos de Despersonalização e Desrealização. Embora essa manifestação seja pouco estudada, estima-se que até 70% das pessoas já tenham sentido algo semelhante em algum momento da vida, e que cerca de 1% da população se encaixe no Transtorno de Despersonalização e Desrealização. Saiba mais sobre o tratamento da despersonalização/desrealização aqui
O Que é Despersonalização?
A despersonalização é a sensação de estar desconectado de si mesmo, como se você fosse um observador externo de suas próprias ações, emoções ou pensamentos. É comum que a pessoa experimente um distanciamento emocional ou estranhamento em relação aos próprios pensamentos, memórias ou emoções.
Embora os termos despersonalização e desrealização sejam frequentemente usados juntos, é importante diferenciá-los:
- Despersonalização: Estranhamento em relação a si mesmo.
- Desrealização: Estranhamento em relação ao ambiente ao redor.
Além da sensação de irrealidade, alguns pacientes também podem relatar:
- Embotamento afetivo: Sentir as emoções como “anestesiadas”.
- Alterações perceptuais: Percepção distorcida de objetos, como se estivessem mais próximos ou mais distantes do que realmente estão.
- Desintegração temporal: Sensação de que o tempo está “desorganizado”, com eventos parecendo muito mais distantes ou recentes do que realmente são.
A Despersonalização é Permanente?
Embora seja um sintoma angustiante, geralmente não é permanente. Em muitos casos, os episódios podem ser transitórios, especialmente quando associados a fatores desencadeantes específicos, como estresse ou uso de substâncias.
No entanto, em casos crônicos, é essencial buscar tratamento especializado. A psicoterapia, aliada ao tratamento psiquiátrico, tem se mostrado uma ferramenta poderosa para ajudar os pacientes a compreender e gerenciar os sintomas. Abordagens como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e mindfulness auxiliam na redução do impacto emocional da despersonalização e na reestruturação de pensamentos que perpetuam os sintomas.
Conclusão
Apesar de ser uma experiência assustadora, é importante ressaltar que a despersonalização não é sinônimo de “perder o controle” ou “ficar louco”. Ao contrário de transtornos como a esquizofrenia, em que o juízo de realidade é comprometido, as pessoas que enfrentam despersonalização mantêm total consciência da irrealidade de suas sensações. Isso significa que, mesmo sentindo-se desconectadas, elas sabem que essas percepções não correspondem à realidade.
Se você está enfrentando sintomas de despersonalização ou conhece alguém que esteja, saiba que há caminhos para melhorar. Com o suporte certo, é possível recuperar a sensação de conexão consigo mesmo e com o mundo ao seu redor.
Assista à minha entrevista ao canal Depersonalization Manual, onde falo mais sobre as particularidades, sintomas e tratamentos para a despersonalização.
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